7 de set. de 2013

Conversando é que a gente se entende


O que vale a pena na vida?
Vou correndo fazer minha listinha...
Não pode faltar felicidade, essa tem que me acompanhar por toda eternidade (claro que sou eterna...). Tem que constar também saúde, paz, prosperidade, amor (e todo aquele blá, blá, blá que uns dizem para os outros... afffff). Ah, mas eu quero mais...

  • Acordar sorrindo todos os dias
  • Chutar o blade quando estiver irritada
  • Tomar banho de chuva
  • Desabafar com as paredes (elas me escutam quietas e caladas, não me interrompem)
  • Cantar bem alto (o que eu faço com os vizinhos?)
  • Escrever um monte de bobagens (é o que estou fazendo agora?)
  • Passar dias e dias lendo (eita como isso é difícil, meus afazeres não deixam...)
  • Tomar um pote de sorvete de 2 litros, sozinha (será que isso é gulodice, egoísmo ou o quê?) - é uma vontade antiga, mas que nunca tive coragem de fazer...
  • Escrever um livro, sei lá...
  • Dormir é bom... e não cansa...

Essa lista é interminável, são tantas vontades, desejos e quereres. Mas a filhota e minha irmã me chamam. Tenho que ir. Sentirei falta desta conversa. Depois eu volto pra gente papear mais um pouco.

Aprendi


Caminhei sem perceber que ia contra minha vontade, que tudo fluía hipnoticamente, a passos lentos e constantes. Foi como o despertar de um sono profundo, foi como me libertar das algemas que me uniam ao que eu não queria. A sonolência foi se dissipando aos poucos, o dia ficou mais claro e verdadeiro, a noite tornou-se tranquila após momentos inquietantes e desorganizados.
Independente do sentido de um julgamento qualquer, a irreflexão deu passagem a tudo que é palpável, digno de avanços plurais e certeiros, onde predomina o lógico da minha existência.
O mais íntimo desejo de acertar me permitiu ressignificar cada atitude na sua amplitude máxima. Cada pensamento estava focado no que é relevante, importante, que me interessa ou não, que me faz bem ou não, feliz ou não.
A passos lentos continuo caminhando, leve como uma pluma, sem o peso da obrigação, sem a angústia do dia que virá. Apenas adormeço na segurança de tudo que almejo; e o que passou fica no fundo de uma caixa chamada Aprendizado, onde consultas não serão permitidas.