8 de out. de 2011

Um mundo que não me pertence

Quero brincar, deitar, rolar, deixar as preocupações de lado, (re)assumir meu lado infantil.
O mundo é muito sério!
Ando pelas ruas e observo cada rosto que passa por mim, rostos que exprimem preocupação, angústia, até distração, mas nenhum sorriso. E o dia só está começando. Fico a imaginar como é a vida de cada uma dessas pessoas, o que fazem, onde trabalham, como se divertem.
Divago...
Perco a noção de tempo e espaço. Me pergunto: "Onde estou?", "Que horas são?".
Volto à realidade. 
Aterrisso em um mundo que não é o meu, mas que me envolve e me domina com seus personagens diversos, num intenso vai e vem, onde braços se tocam despercebidamente devido à pressa e ao descaso.
Ao mesmo tempo, crianças são puxadas com o intuito de acompanharem algo que não alcançam, ainda. Olhos arregalados pedindo "Socorro!".
Animais se desviam antes de serem pisoteados e esmagados por uma multidão desenfreada. Assustados, olham para trás. Talvez pensem: "O que é isso, minha gente?"
E eu respondo:
"É a vida!".

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